por Eduardo Damaceno.
Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. Filipenses 3:5-7
Nunca o passado há de ter sido tão comemorado. Saulo sabia quem havia sido. Prejudicado a muitos, afligido a igreja, prendido, ameaçado, lançado na prisão, testemunha de apedrejamento, aceitado calúnias e acusações. Lares desfeitos e entristecidos. Tudo isso era passado. O nome era outro, o caminho agora 'mais excelente', o chamado era novo e o alvo não era o sucesso, a instituição farisaica, o reconhecimento social, a honra humana. O alvo: a soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Por um momento, para alguns Saulo havia caído. Bendita queda! Com ela desvencilhou-se do passado, dos erros, do radicalismo. Ficou cego, mas ouvia uma voz que passava a conduzir sua vida. Bartimeu deixou a capa, tudo que ele carregava. Saulo carregava muitas coisas: apego, tradições, autossuficiência, importância pessoal - social - religiosa, autoridade, prepotência. Seus líderes seriam Anás, Caifás e seus sucessores. Quanta vergonha ele deve ter sentido. Quanta vergonha eu sinto. Oh! Meu Pai, perdoa-me. Fui fariseu. Valeu a pena o tombo.
Paulo, não era apenas um nome diferente. Era nova criatura. As sombras ficaram para trás, a luz resplandece e um novo dia, uma nova vida. Sou como um abortivo, morro todos os dias, o viver é Cristo o morrer é ganho.
Fui fariseu. Não vos conformeis com este mundo. Transformai-vos. Renovai o vosso entendimento. Pensai nas coisas lá de cima. Fui fariseu.