Siló Igreja Crista
 
 

A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA

por Eugenio de Lima

“Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. (I Coríntios 11.23-32).

A Santa Ceia não é um mero símbolo, mas um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda. A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente.
Ela não é um mero símbolo, mas sim uma das verdades centrais da nossa fé. A Santa Ceia lembra a morte de Cristo em nosso lugar, bem como a sua segunda vinda. Tendo em vista suas verdades teológicas, cabe-nos tomar assento à mesa do Senhor com solenidade e redobrada reverência.
Durante a  história da Igreja houveram discussões sobre o modo correto de se entender e de ensinar o significado da Ceia na vida da Igreja e em particular, na vida do crente. Vejamos algumas dessas interpretações:

Transubstanciação: o termo foi adotado pelos católicos em 1215 e depois confirmado pelo Concílio de Trento em 1551. Segundo eles, quando o sacerdote abençoa o pão e o vinho, estes se transformam em corpo e sangue literais de Jesus.
Consubstanciação: O termo, ensinado por Lutero, significa que o corpo e o sangue de Cristo se unem às substâncias do pão e do vinho. Não são literalmente o pão e o vinho, mas estão presentes.
Presença espiritual: Ensinada por João Calvino, a ceia seria um sacramento em que a carne e o sangue do Salvador estão espiritualmente presentes, sendo exibidos nos elementos, de modo que os participantes do pão e do cálice alimentam-se em espírito do próprio Senhor.
Memorial: Nessa visão, a ceia é apenas uma ordenança do Senhor, útil para trazer à memória dos crentes o sacrifício que Cristo realizou no Calvário. Geralmente, essa doutrina é atribuída ao já mencionado reformador Ulrico Zuínglio.

  Das interpretações propostas aqui é necessário afirmar ao leitor que nós entendemos que a que melhor se enquadra com as Escrituras é a concepção memorial da Santa Ceia. Outro ponto que necessário esclarecer é o que são ordenanças e sacramentos. Vejamos:

Sacramentos: mais usado pelos católicos e por protestantes históricos, refere-se à ideia de que a Ceia do Senhor transmite graça espiritual ou salvífica a quem dela participa.
Ordenanças: apenas sugere que a Santa Ceia foi "ordenada" pelo Senhor, entretanto, não é um meio de salvação para aqueles que participam do cálice e do pão.

  Essas compreensões se aplicam também ao batismo. Lembramos aqui que para os protestantes existem apenas duas ordenanças/sacramentos, diferentemente dos romanistas que creem na existência de sete sacramentos. Quando olhamos as Escrituras encontramos apenas o batismo e a Santa Ceia, ensinados e orientados por Jesus aos crentes. Vale ressaltar mais uma vez que nós entendemos não como sacramentos e sim como ordenanças. Mas isso não nos impede de termos comunhão com irmãos que entendem o batismo e ceia como sacramentos.

  Mas afinal o que é a Santa Ceia?
A Santa Ceia não é apenas um ato celebrado pela igreja, mas também uma proeminente doutrina bíblica. Em geral, todos sabem como proceder, todavia poucos conhecem a doutrina, pois depende do estudo da Palavra. Como já dito anteriormente, são duas as ordenanças da Igreja Cristã originadas do ministério terreno de Nosso Senhor Jesus Cristo: o batismo e a Santa Ceia. Com o seu batismo, no rio Jordão, Ele iniciou o seu glorioso ministério, encerrando-o com a instituição da Santa Ceia e morte redentora. Enquanto o batismo fala da nossa fé em Cristo e ocorre apenas uma vez na vida do crente, a Ceia do Senhor diz respeito à nossa comunhão com Ele, e deve ser sempre renovada.

“Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.”
(Mateus 3:13-16)

“E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai. E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.”
(Mateus 26:26-30)

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
(Marcos 16:16)

“E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça.”
(Lucas 22:14,15)

A Santa Ceia, portanto é uma ordenança da Igreja, instituída por Jesus na noite em que ele foi traído. Na Bíblia, ela é chamada de "Ceia do Senhor" e "comunhão do corpo e do sangue de Cristo".

“De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor.”
(I Coríntios 11:20)

“Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?”
(I Coríntios 10:16)

A Ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como ordenança, por constituir-se numa ordem dada por Cristo aos apóstolos. Os romanistas e certas alas do protestantismo costumam denominá-la de sacramento. São elementos da Santa Ceia o pão e o vinho por representarem, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor Jesus.

Tendo em mente o exposto, devemos sentar-nos à mesa do Senhor, com discernimento, temor de Deus e humildade. Conscientizemo-nos, pois, de que, ali, não estão meros símbolos, mas o sublime memorial do sofrimento e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS: Lição 9. Lições Bíblicas - 2º Trimestre de 2009, CPAD;

                              A Ceia do Senhor, Pr. Marcos Granconato - Site da Igreja Batista Redenção. Acesso 16/12/2017. http://www.igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=363:a-ceia-do-senhor-parte-1&catid=25:artigos&Itemid=123

   
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